terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novidades na Biblioteca da Cozinha....nham!!!

foto de Val Ebide

foto de Val Ebide

foto de Val Ebide

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Por que amo Colin Firth



Ele está longe de ser feio, mas não é lindo.
A maioria das pessoas simplesmente o conhece por sua atuação cômica em O Diário de Bridget Jones e Bridget Jones no Limite da Razão . E ninguém dá bola pra ele afinal, apesar de levar a melhor, ele era um desconhecido à época e o galã era Hugh Grant.
Ele também fez um filme pretensamente cômico chamado Armadilhas do Coração que é uma grande droga! Nem sua atuação singular, fazendo um tipo bem inglês, bem irônico, salva essa chatice.
Você também o viu no musical engraçadinho Mamma Mia. Nesse gênero e nesse papel não houve muito espaço para uma atuação relevante...assim como em Marido por Acaso, um filminho "ok".
Eu o amo por que o considero um dos maiores atores dramáticos de sua geração. E sempre me emociono profundamente com sua atuação.
Meu filme preferido com ele é, sem dúvida, Moça com Brinco de Pérola. Aliás, não é só ele que me emociona nesse filme...uma história de amor traduzida em olhares, suspiros, silêncios....

Quase morri de tanto chorar em Quando você viu seu pai pela última vez? Era um choro de tristeza? Sim, mas não só. O filme é triste, mas também faz chorar a atuação de Colin. Chorar de emoção, chorar pela realidade que é a iminência da morte e da separação de quem amamos, chorar pq às vezes sequer podemos chorar por isso...

Há uns dez dias assisti a Direito de Amar (A Single Man). O filme de Tom Ford. É um papel dificílimo e ele o faz com tanta dignidade, com tanto talento...Bem, certamente não foram a toa suas indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro. E acabou vencendo o Bafta. Além disso o filme é lindo de se ver, com figurinos dignos de um diretor-estilista. E ainda tem uma "canja" da Julianne Moore. É mais um filme que nos faz pensar sobre o quanto é mesquinha e simplista a nossa definição de amor.



É uma comédia romântica e o galã é mais uma vez Hugh Grant, mas não é "O Diário..." e, sim, Simplesmente Amor. Ele dá uma dramaticidade tão envolvente à sua personagem e à sua relação com a empregada portuguesa....põe o amor em uma dimensão tão suave. Adoro Colin nesse papel!


Ele ainda tem dezenas de outros filmes no seu currículo, em papéis menores geralmente, mas não dá pra deixar de lembrar de Shakespeare Apaixonado e um filme que eu AMO (eu e todo mundo...) e que tem dois outros atores que também são minhas paixões: Kristin Scott Thomas e Ralph Fiennes - O Paciente Inglês.


É, ele não é lindo, ele topa fazer uns filmes nada a ver de vez em quando, mas eu ADORO esse charmoso cinquentão inglês cheio de talento dramático!
É ainda estou nessa vibe da viagem a Londres....

terça-feira, 2 de novembro de 2010

+ Londres...nos filmes

Um pouco sem querer, um pouco propositalmente (como eu já disse neste blog, nada como os filmes sobre um lugar que se visitou há pouco), assisti a mais dois filmes sobre a Inglaterra, os dois muuuito bons: A Jovem Rainha Vitória e Robin Hood. Ambos totalmente diferentes, mas extremamente bem feitos, bem cuidados e tratando de temas que gosto de ver em filmes.


A Jovem Rainha Vitória trouxe pra mim uma rainha Vitória totalmente diferente da que eu me lembrava de ter estudado um pouco na infância e daquela que ainda se ouve falar: a pudica repressora que, na verdade, fumava maconha transando com o jardineiro... fato é que nem essa nem a história do filme são 100% verdadeiras...a História é contada e recontada o tempo todo de acordo com as circunstâncias, o momento histórico, político, enfim...mas e daí? uma história boa é sempre boa, e bem contada é ótima!
Este filme também trouxe um lado muito romântico da vida dela com o princípe Albert que eu jamais imaginaria ali no Kensington Gardens olhando para o Albert Memorial (o qual, diga-se de passagem, achei mesmo muito lindo). Aliás, o que a História conta é que foi realmente um dos pouquíssimos casos de casamento por amor na realeza (só na realeza???)

Albert Memorial (detalhe) por Val Ebide, agosto/10


Albert Memorial por Val Ebide, agosto/10

O figurino, como em geral costuma ser nesses filmes, é deslumbrante e mereceu o Oscar que levou. O filme também foi indicado ao Oscar para direção de arte e maquiagem. Interessante como o figurino de Albert está muito igual ao da sua escultura no Albert Memorial. Emily Blunt dá mesmo um show...e com o penteado que sempre aparece na "velha Vitória".
Há uma cena 1000% londrina, ou inglesa. Logo no início da lua-de-mel do casal real, quando saem para um passeio e...chove, não para de chover há dias, e Albert pergunta se "é sempre assim". É, rs, é desesperador...
Bem, a verdade é que o filme não retrata exatamente a Inglaterra, ou Londres ou as transformações históricas da época mas, através de uma personagem histórica, conta um romance enternecedor.


Robin Hood é uma história que já foi contada diversas vezes em filmes de formas mais ou menos diferentes (o primeiro filme é de 1922). Esta versão de 2010, com Russell Crowe fazendo o papel de "Russell Crowe" (o que eu quero dizer é que ao longo do filme, tive às vezes a sensação de assistir ao Gladiador da Idade Média...), é totalmente diferente exceto por um único ponto: Robin Hood é o herói.
Como sempre é uma lenda entremeada com a História oficial inglesa, mas nesta versão o "salvador" Ricardo Coração de Leão é um belo de um ególatra, aliás versão muito mais crível do que a do monarca "fofinho"...João, seu irmão que assume o trono de modo oficial, sem usurpá-lo como aprendemos no colégio, é realmente um opressor abobalhado que quebra a importante promessa que, como nos conta a História, a final teve que cumprir, a de publicar a "carta de direitos dos cidadãos", a famosa (pelo menos para nós, advogados) Magna Carta do Rei João Sem Terra de 1215, a qual, segundo esta versão, teria sido redigida pelo pai de Robin Hood (calma pessoal, não estou contando o filme...e, bem, afinal, todo mundo já sabe mais ou menos como é a história...).
Lady Marion não era objeto de desejo do Rei João, mas do xerife de Sherwood e viúva de Robert Loksley, que nas versões anteriores era o próprio Robin (se não me engano...). De resto está tudo lá: João Pequeno, Frei Tuck, o manejo singular do arco-e-flecha...e até uma certa comicidade como sempre há, não sei o porquê, nos filmes de Robin Hood.
A fotografia e os figurinos são densos, em cinzas. Isso realmente dá um tom bastante distinto daquele de outras versões, como a de Kevin Costner no papel-título, por exemplo. O diretor consegue assim criar a atmosfera de pobreza, exploração e dor daquela época na Inglaterra. Mesmo em Londres. Muito envolvente.
Na minha opinião os "efeitos especiais" estão na medida. O trailer dá a impressão de ser um filme violento, mas acho que as imagens violentas também estão na medida.
Robin Hood é uma história tão interessante que apesar de sabermos seu final há sempre uma expectativa, uma torcida pelo mocinho outside law. Deve ser o nosso instinto profundo de liberdade e justiça...
Independente das questões internas, o filme é sim, realmente imperdível.